Programa Municipal de Tuberculose tem novo horário de atendimento
Tosse seca ou produtiva por três semanas ou mais, perda de peso, febre no final da tarde e sudorese noturna são os principais sintomas da tuberculose, uma doença infecciosa, transmissível pela tosse e que atinge principalmente pulmão e laringe mas que pode ocorrer também em outros órgãos. O tratamento é medicamentoso. De 15 a 30 dias após o início do uso da medicação, o paciente já deixa de transmitir. Se não tratada, a tuberculose pode levar a morte. Por tudo isso é tão importante diagnosticar e tratar a doença. “A prevenção e a promoção de saúde são prioridades também deste trabalho, disponível nas unidades básicas de saúde e no programa especializado”, comentou o secretário municipal de Saúde, Carlos Mosconi.
Atendimento
Atendimento é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde e no Programa Municipal de Tuberculose, que funciona na Policlínica
Nas unidades de saúde pode ser feito o exame laboratorial de escarro. Com a chegada deste resultado, o paciente é encaminhado ao Programa Municipal de Tuberculose, para acompanhamento e tratamento compartilhado. Com o intuito de melhorar o fluxo de atendimento, o horário foi alterado, agora sendo de segunda a sexta, das 12h30 às 16h30, na Policlínica. “A equipe tem como responsável, a enfermeira que faz o acolhimento do paciente e o agendamento das consultas com os profissionais de referência do Programa: um médico infectologista, uma nutricionista e uma técnica de laboratório. O serviço tem ações importantes no diagnóstico, acompanhamento, tratamento e investigação dos casos, além do assessoramento das Unidades Básicas de Saúde, fortalecimento da assistência laboratorial, da rede de atenção básica e promoção de ações de educação em saúde”, comentou Flávio Pessoa, Coordenador Administrativo da Policlínica Central.
Números de Poços
Este ano, nove novos casos foram registrados no Programa Municipal de Tuberculose
Nos primeiros seis meses deste ano, são nove novos casos mais um caso de recidiva registrados. Atualmente, são 17 pacientes em tratamento no Programa Municipal. Além destes, há outros 24 pacientes em tratamento de ILTB – Infecção Latente por Tuberculose. Em 2019, foram 16 casos novos, uma recidiva e dois retornos após abandono de tratamento pelo paciente. Em 2018, 29 casos novos, cinco recidivas e um retorno após abandono de tratamento. “Essa infecção latente por tuberculose se refere a pessoa que teve contato com o bacilo. É previsto que praticamente um terço da população do mundo já teve contato com o bacilo da tuberculose. Quem vai desenvolver a doença ou não, vai depender da resistência e imunidade de cada um. Em relação a recidiva, ela pode ocorrer por diferentes fatores ligados à queda de resistência do paciente. A tuberculose pode recidivar se você não estiver dormindo bem, se alimentando bem, fazendo exercícios físicos, ou seja, tendo uma vida saudável”, explicou a enfermeira Cristina Filomena Lazzari Gomes, Referência Técnica do Programa Municipal.
Diagnóstico
Inclui exames de imagem, como raio-X de tórax ou tomografia. Existe ainda uma pequena possibilidade de transmissão da mãe ao bebê, por meio da placenta. A vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin) aplicada logo após o nascimento é muito importante, mas imuniza especificamente contra as formas graves da doença, o que não impede uma pessoa vacinada de contrair a tuberculose ao longo da vida. Estimativas dos serviços de saúde já apontam para uma subnotificação em 2020. “As pessoas ficam com medo de procurar os serviços de saúde neste momento, por conta da pandemia e por isso, já está prevista uma subnotificação de 25% nos casos de tuberculose somente este ano. É fundamental o diagnóstico, é fundamental procurar nosso atendimento, lembrando que estamos trabalhando, adotando os cuidados necessários para este momento”, reforçou a enfermeira Filomena.
Tratamento
O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser realizado, preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO). São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. O TDO é indicado como principal ação de apoio e monitoramento do tratamento das pessoas com tuberculose e pressupõe uma atuação comprometida e humanizada dos profissionais de saúde. Além da construção do vínculo entre o profissional de saúde e a pessoa com tuberculose, o TDO inclui a ingestão dos medicamentos pelo paciente realizada sob a observação de um profissional de saúde ou de outros profissionais capacitados, como profissionais da assistência social, entre outros, desde que supervisionados por profissionais de saúde. O Dia Mundial de Combate à Tuberculose é 24 de março. No entanto, o atendimento está disponível o ano todo e deve ser procurado, em caso de dúvidas ou no aparecimento de sintomas característicos.
