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Hanseníase é tema de ações em unidades básicas de saúde

Tema foi incluído nas visitas domiciliares realizadas no bairro Santa Augusta

De casa em casa, os agentes comunitários de saúde do bairro Santa Augusta aproveitaram as visitas domiciliares para falar sobre a hanseníase. Os pacientes com alguma suspeita detectada foram encaminhados para atendimento pelo médico da unidade, ainda esta semana. “Foi uma busca ativa onde incluímos esta avaliação no trabalho de rotina e com avaliação médica rápida para a melhor resposta ao paciente”, disse a enfermeira Joice Araújo Marçal.

No Nova Aurora teve a Barraca da Saúde montada na entrada do posto, com entrega de folders e esclarecimento de dúvidas. Ações em sala de espera falaram sobre os sintomas e a necessidade de buscar avaliação médica em caso de alterações na pele. “Apesar de ser uma doença bastante antiga, muitos ainda desconheciam a hanseníase, o que é e quais os sintomas, então foi uma ótima oportunidade para falar sobre e colocar o atendimento à disposição”, comentou Denise Lucas Araújo, enfermeira.

Em todos os pontos da cidade, equipes das unidades básicas de saúde organizaram ações especiais ao longo do mês, dentro do Janeiro Roxo, mobilização que visa alertar para os cuidados que a hanseníase precisa ter, com 28 de janeiro sendo o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. Decoração temática, atividades em sala de espera e avaliações individuais foram realizadas nas UBSs: Bortolan, Flores, Marco Divisório, Maria Imaculada, Nova Aurora, Regional Sul, Santa Augusta, Santana/ Santa Rosália, São Bento, São Jorge e Vila Menezes. “Temos um calendário anual com temas ou campanhas que devem ser trabalhadas mês a mês e dentro disso, as equipes de cada localidade, de cada unidade, têm autonomia para escolher as melhores formas de abordagem e de atendimento, de acordo com o perfil do público atendido”, explicou Camila Bacelar, coordenadora da Divisão de Atenção Básica.

Unidades como Flores e Nova Aurora montaram a Barraca da Saúde

Hanseníase

O Brasil é o segundo país do mundo com mais casos da doença, atrás somente da Índia. Por ano, são registrados cerca de 30 mil novos pacientes. Transmitida por meio de gotículas que saem do nariz ou por meio da saliva, a hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Doença crônica que atinge pele e nervos, a hanseníase é caracterizada por: manchas esbranquiçadas, avermelhadas, acastanhadas, em qualquer parte do corpo e com diminuição ou ausência de sensibilidade, especialmente ao calor e ao toque; perda de pelos e alteração da sudorese na região das manchas; dormência em membros superiores e inferiores, além de nódulos que aparecem e desaparecem com frequência. O diagnóstico e o tratamento são essenciais para evitar ou minimizar as possíveis sequelas. Com tratamento medicamentoso e possibilidade de cura, a hanseníase tem diagnóstico comprovado por meio de exames clínicos e laboratoriais. “É muito importante não ignorar os sintomas e o mais rápido possível procurar o atendimento médico para evitar as sequelas e a transmissão para outras pessoas. Assim que o tratamento tem início, é interrompida essa transmissão infectocontagiosa. A doença causa lesões que podem gerar incapacidade, em graus mais avançados. O problema principal é a sequela deixada pela demora no diagnóstico. A Atenção Básica é a porta de entrada para este atendimento e os casos suspeitos são encaminhados para o Programa Municipal especializado”, orientou a enfermeira Cristina Filomena Lazzari Gomes, referência técnica do Programa Municipal de Hanseníase. Em 2018, três novos casos foram identificados e tratados pelo SUS em Poços. O Programa Municipal de Hanseníase funciona na Policlínica Central, das 12h30 às 16h30, de segunda a sexta.

Telefone

(35) 3697-5000

Endereço

Avenida Francisco Salles, 343, Poços de Caldas - 37701-013

Funcionamento

09:00 às 17:00h de seg. a sex.

ÓRGÃO RESPONSÁVEL

Secretaria Municipal de Comunicação Social