Neste ano, o Sistema Único de Saúde passou a ofertar uma dose de reforço da vacina contra a febre amarela para crianças com cinco anos de idade incompletos. “Qualquer pessoa que recebeu a primeira dose da vacina contra a febre amarela antes dos cinco anos de idade, deve receber um reforço desta vacinação. A nova orientação do Ministério da Saúde é administrar uma dose aos nove meses de vida, e uma dose de reforço aos quatro anos de idade. A partir dos cinco anos de idade e até os 59 anos, a recomendação é aplicar mais uma dose. Acima desta idade, é necessário ter indicação médica para a vacina. O protocolo foi atualizado e é desta forma que estamos trabalhando nas salas de vacina. Tento dúvidas, a pessoa pode procurar um de nossos pontos de atendimento para orientação, levando sempre a carteira de vacinação, no caso de quem tem o documento”, explicou Gisele Scatola, referência técnica de Imunização. Não há meta estipulada para este reforço de imunização contra a febre amarela, mas a oferta permanece o ano todo, nas salas de vacina.
Mudança de Protocolo
O Ministério da Saúde explica que em 2017, seguiu as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ofertar apenas uma dose da vacina de febre amarela durante toda a vida. Porém, estudos científicos recentes demonstraram uma diminuição na resposta imunológica da criança que é vacinada muito cedo, aos 9 meses, como previa o Calendário Nacional de Vacinação. Daí a necessidade de oferta de uma dose de reforço. “Essas mudanças sempre são feitas, baseadas em normas técnicas, estudos e pesquisas e por isso o Programa de Imunização do Brasil é tão respeitado e está entre os melhores do mundo. É muito importante que a nossa população entenda a necessidade de vacinação e participe destas ações. Sem esta adesão, a imunização fica comprometida”, comentou o secretário de Saúde, Carlos Mosconi. O calendário vacinal é definido pelo Ministério da Saúde, que atualiza constantemente suas políticas públicas com base em estudos científicos e necessidades epidemiológicas, quando o Programa Nacional de Imunizações (PNI), é revisto e alterado.
Salas de Vacina
A imunização contra a febre amarela faz parte da rotina de vacinação, com as doses disponíveis o ano todo. Na Policlínica Central, o atendimento é das 8h às 18h. Já nos bairros, a vacinação vai das 8h às 16h30, nas salas: São Jorge, Ponto da Cascata, Esperança II, Regional Sul, Kennedy I e Kennedy II, Quissisana, Santa Rosália/Santana, Vila Nova, Dom Bosco I, Nova Aurora, Jardim São Paulo, Regional Leste, Santa Augusta, Parque Pinheiros, Itamaraty, Caio Junqueira, São José e Country Club.
A Febre Amarela
O vírus da febre amarela possui dois ciclos básicos: urbano e silvestre. No ciclo silvestre, a transmissão é feita pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, os mais frequentes na América Latina, e Haemagogus janthinomys, a espécie mais registrada no país. Há mais de 70 anos, não há no Brasil registros confirmados da febre amarela em áreas urbanas. Nas cidades, o mosquito Aedes albopctus é o principal vetor responsável pela disseminação da doença, sendo que os últimos casos de febre amarela urbana foram registrados em 1942, no Acre. Além do controle dos vetores, a melhor forma de prevenção é a vacina. Fundamental lembrar que os macacos não transmitem a febre amarela. Eles são importantes sentinelas para alerta em regiões onde o vírus da febre amarela está circulando. Macacos mortos são analisados em exames específicos para detectar se a causa morte foi febre amarela, o que aciona o alerta de cuidado com as pessoas. A vacinação contra a doença foi intensificada em 2017, depois que um surto de febre amarela atingiu os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro. Os sintomas da febre amarela são: início súbito de febre; calafrios; dor de cabeça intensa; dores nas costas; dores no corpo em geral; náuseas e vômitos; fadiga e fraqueza.