Regional Sul, Regional Leste, Policlínica Central e UBS São Jorge: nestes quatro endereços, as salas de vacina estarão abertas no próximo sábado, 30. O atendimento será das 8h às 17h, para o público que faz parte da segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, que teve início no último dia 18. “Nossa procura está muito tranquila nas salas de vacina durante essa Campanha e como forma de otimizar o atendimento, decidimos abrir estas quatro salas, para atender a todas as regiões da cidade”, explicou Juliana Loro, coordenadora da Vigilância Epidemiológica.
Na primeira fase da Campanha, realizada em outubro, crianças de 6 meses a 5 anos de idade incompletos foram o grupo atendido, por serem o mais vulnerável, já que bebês de até um ano apresentam índice de incidência de sarampo 12 vezes maior que as demais faixas etárias.
Quem deve Vacinar no Dia D
Todas as pessoas até os 49 anos que não tenham o registro da vacina contra o sarampo em suas carteiras de vacinação. Quem não tomou a vacina quando criança, até os 29 anos, deve receber duas doses da tríplice. Dos 30 aos 49 anos é recomendada dose única. Além disso, profissionais de saúde também devem ser vacinados, independentemente da idade. É importante levar o cartão de vacinação. Quem já teve sarampo não precisa tomar a vacina porque a imunidade decorrente da invasão persiste para o resto da vida.
A Vigilância Epidemiológica notificou até o momento, 52 casos. 42 foram descartados por sorologia. Um caso foi confirmado, com histórico de deslocamento para São Paulo e nove permanecem em investigação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, o avanço do sarampo não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. Surtos da doença na Venezuela, Europa e Ásia foram registrados em 2018, e outros países fora do continente latino também registram altos números da doença. O objetivo é recuperar o certificado de “país livre do sarampo”, que o Brasil conquistou em 2016 mas perdeu este ano, por haver transmissão sustentada, ou seja, a ocorrência de um mesmo surto por mais de 12 meses. A certificação é dada pela Organização Panamericana de Saúde – OPAS.
Importância de Procurar Atendimento
A transmissão é viral e ocorre diretamente de pessoa a pessoa por tosse, espirros, fala ou respiração. A doença é transmitida na fase em que a pessoa apresenta febre alta, mal-estar, coriza, irritação ocular, tosse e falta de apetite e dura até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. Por isso, é fundamental, tendo os primeiros sintomas, procurar a unidade básica de saúde ou um serviço de pronto atendimento, o mais rápido possível. Também são comuns lesões muito dolorosas na boca. A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. “É fundamental que as pessoas não se automediquem tendo estes sintomas, que as pessoas procurem atendimento, para que os procedimentos corretos possam ser adotados e as suspeitas sejam notificadas para a adoção das medidas necessárias de assistência e de prevenção”, finalizou Juliana Loro.