Saúde intensifica trabalho de combate ao Aedes
Mutirões de limpeza, ações educativas e intensificação da rotina de campo: todas estas são medidas tomadas pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Ambiental, dentro do enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. O período é de alerta, porque reúne condições climáticas para a proliferação do mosquito: chuva e altas temperaturas.
No Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti, o LIRAa, realizado na segunda quinzena deste mês, os agentes de endemias visitaram 3.402 pontos, entre imóveis, terrenos e áreas públicas. 83 focos foram encontrados, o que representa 2,4% de Índice de Infestação Predial, considerado médio risco pela escala do Ministério da Saúde. “Este é um resultado que nós já esperávamos, exatamente pelo período em que estamos. O LIRAa é importante porque norteia nossas ações, de acordo com o diagnóstico que o levantamento permite realizar em toda a cidade”, explicou o coordenador da Vigilância Ambiental, Jorge Miguel Ferreira do Lago.
Ações
Mutirões de limpeza fazem parte da programação
A Secretaria de Saúde em parceria com a Secretaria de Serviços Públicos, organiza para fevereiro, a realização de mutirões de limpeza, na zona Leste, especificamente nos bairros Estância São José e Chácara Alvorada e na zona Sul, no bairro São Sebastião. “São os pontos identificados no LIRAa, como mais necessitados para receber estas intervenções”, comentou Jorge. Já nos bairros Bandeirantes e Centenário, na região Central e no Novo Mundo, na zona Oeste, serão desenvolvidas ações educativas. “Nestas áreas nós verificamos a incidência de depósitos em locais fixos, como caixas d´água, fontes e piscinas. Então não são depósitos que podem ser removidos, como ocorre com o lixo e com o entulho. Por isso a orientação dos moradores foi definida como ação nestes casos”, reforçou o coordenador da Vigilância Ambiental.
Casos
Em 2019, foram notificados 158 casos de dengue, sendo 137 de residentes. 31 foram confirmados e destes, 17 autóctones, ou seja, contraídos no município. Foram 25 notificações de chikungunya, com quatro confirmações, sendo uma autóctone. Não houve notificação de zika. Na primeira quinzena de fevereiro, a Vigilância Epidemiológica realiza uma reunião com representantes de pronto atendimentos e de Hospitais de Poços, para orientações. “As arboviroses têm um período sazonal que nos coloca em estado de alerta. Este protocolo com sintomas e procedimentos a serem adotados é essencial para este trabalho que inclui as notificações”, esclareceu a coordenadora do setor, Juliana Loro.
Prevenção
Trabalho de campo é intensificado neste período
Eliminar todo o tipo de acúmulo de água é a melhor maneira de evitar uma infestação. Pratinhos de vasos, pneus, vasilhames, embalagens e até o bebedouro de animais: tudo deve ser constantemente vistoriado. As caixas d´água devem estar completamente fechadas, assim como as piscinas, quando não estiverem sendo utilizadas. A cada vez que um possível caso é notificado, é feito um trabalho de bloqueio na área onde o paciente reside, inclusive com a utilização da bomba ou o popular fumacê, que visa combater o mosquito na fase adulta. “Temos setores estruturados e profissionais competentes e preparados para este enfrentamento, para este trabalho que é fundamental para a saúde de todos. Mas nas realizações dos mutirões de limpeza vemos o quanto é difícil manter a realização deste trabalho, sem a ajuda da população, que se faz essencial nesta prevenção”, alertou o secretário de Saúde, Carlos Mosconi. “Aproveito esta fala do doutor Mosconi para fazer um apelo à população, para que nos ajude, não jogando lixo em terrenos baldios, vistoriando o próprio quintal e sendo fiscal e informante de áreas que possam representar riscos. Temos serviços para atendimento de todas estas demandas”, complementou o secretário adjunto de Saúde, Flávio Togni de Lima e Silva.
Serviço
Denúncias ou casos que mereçam a visita dos agentes de endemias podem ser registrados na Ouvidoria Municipal de Saúde, pelo 0800-283-0324, atendimento com ligação gratuita, de segunda a sexta, das 8h às 17h. O contato também pode ser feito pelo telefone da Vigilância Ambiental: 3697-5977. Importante lembrar que os agentes trabalham identificados com uniforme e/ou colete e também portam crachá.
