Alimentar os macaquinhos que vivem na mata da Serra de São Domingos é um hábito de muitos turistas e também de moradores que visitam nossos pontos turísticos próximos da área. O problema é que, muitas vezes por instinto ou defesa, estes animais mordem e arranham as pessoas, neste contato em busca do alimento. Recentemente, dois acidentes com turistas foram registrados na Fonte dos Amores. Os macacos, assim como os cães e os gatos, podem ser transmissores da raiva, doença que afeta o sistema nervoso e leva a morte. Com o intuito de prevenir estas situações, equipes da Vigilância Ambiental, órgão que faz parte da Secretaria Municipal de Saúde, estão durante os finais de semana, fazendo plantões de orientação. O trabalho começou no último dia 21, na Fonte dos Amores. Neste final de semana, a ação foi estendida também para o Recanto Japonês. “Nós verificamos que existe essa prática de alimentação destes animais no Recanto Japonês e por isso vimos a necessidade de ter os agentes de endemias lá também, além da Fonte dos Amores, então a ação será simultânea nestes dois pontos”, explicou Jorge Miguel Ferreira do Lago, coordenador da Vigilância Ambiental. Durante as abordagens, os agentes de endemias explicam o porquê da ação e aproveitam para esclarecer dúvidas. “De maneira geral, todos têm sido muito receptivos. Alguns turistas e também moradores até alegam que já alimentam os animais há muitos anos, mas depois da gente explicar sobre o que pode ocorrer e dos riscos, há um entendimento”, comentou Márcia Helena Geremias de Paula, agente de endemias.
A ação da Secretaria Municipal de Saúde tem o apoio da Secretaria Municipal de Turismo e prossegue durante a temporada de férias. Além dos riscos à saúde dos visitantes, alimentar os macacos interfere diretamente no equilíbrio ambiental.
Este ano foram registrados mais de 900 acidentes por mordeduras de cães, gatos e macacos, em Poços. Destes, pouco mais de 100 tiveram a necessidade real de tratamento com soro ou vacinas. O esquema de tratamento é prescrito pela equipe que recebe os casos nos pronto atendimentos. O protocolo adotado varia de acordo com o tipo de exposição e as condições do animal agressor. Há alguns meses, o Ministério da Saúde vem orientando para o uso racional do soro antirrábico, tendo em vista os baixos estoques em todo o Brasil. A orientação é evitar contato direto com animais desconhecidos, sejam eles silvestres ou domésticos.
Em casos de mordedura e/ou arranhadura, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. O ferimento, deve ser lavado abundantemente com água e sabão e receber aplicação de produto antisséptico.