O caso de maus-tratos de cães no Centro de Controle de Zoonoses relatado pela TV Record em seu telejornal noturno é equivocado. O secretário de Governo Fernando Posso afirma que as imagens divulgadas na reportagem, que mostram um cachorro devorando outro já morto, são de 2009. Estas imagens de arquivo já eram de conhecimento do governo municipal.
“A reportagem e seu jornalista pecam pela precariedade na coleta de informações, já que se baseiam em vídeos e imagens datadas do mês de janeiro de 2009, ocorridos há mais de quatro anos, portanto, sem qualquer vinculação com a atual administração. Retrata fatos que não ocorrem mais em Poços de Caldas”, informa o secretário. Por conta disso, a Prefeitura irá tomar medidas judiciais contra a empresa jornalística que veiculou a matéria.
Logo no início do ano, o CCZ passou por reformulações. Hoje, cães doentes ficam separados dos recuperados e sadios. Segundo a veterinária responsável pelo CCZ, Sheila Patresi, a mortalidade que ocorre no local é consequência natural de doenças acometidas a alguns cães que são recolhidos. “O CCZ possui um local para tratamento de animais doentes. Sendo assim, é natural que alguns deles, recolhidos em estado grave, acabem morrendo ou tendo que ser eutanasiados”, explica. “Agora, cachorro comendo cachorro nunca houve aqui nesta administração”, completa.
Os animais sadios ficam num local destinado especificamente à adoção. Além disso, eles são separados por sexo nos canis. Atualmente, no CCZ há cerca de 170 animais, a maioria cachorros. Há também dez gatos e dois cavalos.
O CCZ recebe cerca de 90 solicitações por mês. A maioria é solucionada imediatamente, pois se refere apenas a esclarecimentos e orientações. Todas as solicitações de animais bravios ou doentes são atendidas. No primeiro trimestre, foram apreendidos 128 animais.
O centro é vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, como determina a lei estadual 13.317, que define que o serviço de controle de zoonoses em Minas Gerais seja estruturado segundo os princípios do SUS. “Todas as medidas possíveis para que não haja prejuízo aos animais que estão no CCZ e para que eles possam se recuperar, são tomadas”, conclui Posso.