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Poços não deve ser confundida com cidade perigosa, diz secretário
Cidade é 5ª mais segura para jovens, segundo pesquisa do Ministério da Justiça
Poços de Caldas, considerada a quinta cidade mais segura para jovens pelo Ministério da Justiça, foi listada no Mapa da Violência 2012 como a sexta com mais registros de violência doméstica contra crianças e adolescentes no país, com base no número de ocorrências atendidas através do SUS.
Para o secretário municipal de Promoção Social, Gerson Pereira Filho, a pesquisa, embora seja um importante demonstrativo dos registros de violência contra jovens no país, precisa ser avaliada com cuidado para que Poços não seja confundida com cidade perigosa ou violenta. “O item em que Poços de Caldas aparece em destaque, atendimentos por violência no SUS, não se refere a casos de violência urbana, nas ruas ou na cidade. O item aborda especificamente casos de violência doméstica, física e/ou sexual contra crianças e adolescentes, na quase totalidade dos casos praticada por familiares, no âmbito das residências e que geraram atendimento registrado pelo SUS. Violência doméstica é um assunto sério, mas não configura caos urbanos, como foi noticiado pela mídia. Nos itens ‘acidentes’, ‘homicídios’, ‘suicídios’, o município de Poços de Caldas não é citado como
estatística elevada”, avalia.
Segundo Pereira Filho, os registros de ocorrências da pesquisa indicam que os órgãos públicos do município estão desempenhando seu papel.”Poços de Caldas aparecer em destaque significa que os órgãos de atendimento do SUS estão atuando de forma confiável, registrando e encaminhando os casos que ali chegam, de acordo com as determinações legais. Uma vez atendidos no SUS, estes casos são devidamente encaminhados para acompanhamento e intervenção dos órgãos de proteção a infância e adolescência, como Conselho Tutelar, Creas (Centro de Referência em Assistência Social), Ministério Público”, diz.
O secretário ressalta ainda que muitas cidades do país ficaram fora da pesquisa. “É sabido, como justifica o próprio material da pesquisa que este sistema de registro do SUS ainda não é devidamente e corretamente aplicado em grande parte, senão na maioria dos municípios, infelizmente.”
Ações
Poços foi agraciada, nos últimos quatro anos, com um prêmio da Fundação Abrinq voltado a administrações municipais que intensificam ações para criança e o adolescente, o Prefeito Amigo da Criança. Poços de Caldas aderiu ao programa em 2009 e desenvolveu metas e estratégias para melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens.
A Secretaria de Promoção Social, em parceria com outras secretarias e órgãos públicos, mantém uma série de projetos e ações direcionados aos jovens, entre eles, Rede de Proteção à Infância e Adolescência, serviços de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (Paefi); atendimento no Creas para denúncia em caso de violência doméstica e sexual contra crianças e adolescentes; programas de Proteção Social Básica (Jovem Cidadão, Projovem Adolescente, Bolsa Trabalho, cursos profissionalizantes, inclusão em benefícios sociais); Plano Municipal da Juventude, com projetos e ações continuadas visando proteção, prevenção e a formação para adolescentes e jovens frente às questões como sexualidade, DST, uso de álcool e drogas, direitos humanos, cidadania, convivência social.
Cidade segura
O último levantamento feito pelo Ministério da Justiça, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, indica que Poços de Caldas está em quinto lugar no país, no ranking das cidades que apresentam o menor índice de violência contra jovens.
A pesquisa foi realizada em 266 municípios com mais de 100 mil habitantes, considerando fatores que podem levar à morte, jovens de até 24 anos de idade. O índice foi calculado com base em alguns indicadores como a taxa de homicídios entre os jovens, acidentes de trânsito, níveis de escolaridade, emprego, pobreza e desigualdade social na cidade.
Poços de Caldas tem Índice de Vulnerabilidade Juvenil de 0,252, mesmo número da cidade de Juiz de Fora, que é o quarto município menos violento para os jovens no ranking. O índice varia de 0 a 1, sendo considerada vulnerabilidade baixa até 0,3; média-baixa até 0,37; média até 0,45; média-alta até 0,5 e alta acima de 0,5.
