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Prefeitura implanta programa “Consultório na Rua”
A Prefeitura de Poços, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, e em consonância com o Ministério da Saúde, implantou o programa “Consultório na Rua”, que irá oferecer atendimento médico às pessoas em situação de rua do município. O objetivo é ampliar o acesso e a qualidade da atenção integral à saúde desta população, por meio das Políticas Nacionais do SUS: Atenção Básica, Saúde Mental, Urgência e Emergência e Hospitalares.
“O Consultório na Rua é um equipamento que integra a Estratégia de Saúde da Família, com uma equipe capacitada para atender especificamente a população em situação de rua nas suas diversas demandas, na abordagem, tratamento e resgate, como desnutrição e uso de álcool e drogas. Além disso, a equipe está preparada para estabelecer vínculos e buscar a adesão aos serviços de saúde, não só da equipe multiprofissional, como de toda a rede”, informa a secretária de Saúde, dra Fátima Livorato.
O serviço já teve início, sendo a primeira fase o mapeamento das pessoas em situação de rua em Poços, juntamente com a apresentação do serviço à comunidade e secretarias envolvidas, como Educação, Promoção Social, Esportes e entidades, como Policia Militar, Policia Civil e outros. Para execução de suas ações, o programa leva em consideração as legislações da Política Nacional para a População em Situação de Rua.
A equipe do Consultório na Rua é formada por vários profissionais de saúde que trabalham em conjunto e prestam atendimento na rua. A equipe técnica é composta por médico, enfermeiro, assistente social, psicólogo e técnicos de enfermagem. O serviço é itinerante e conta ainda com o apoio dos profissionais dos outros serviços da rede municipal de saúde. A equipe do Consultório na Rua atende 30 horas semanais conforme a Resolução SES/MG N° 3.713, de 17 de abril de 2013. Em Poços de Caldas o atendimento será de segunda a sábado em horários diferenciados conforme a necessidade, demanda e diagnóstico territorial.
O atendimento é realizado através de busca ativa ou demanda espontânea da pessoa em situação de rua. As atividades acontecerão in loco, de forma itinerante com ações compartilhadas e integradas com as Unidades Básicas de Saúde e, quando necessário, com as equipes dos Centros de Atenção Psicossocial e com os serviços de urgência e emergência.
O Consultório na Rua foi instituído pela Política Nacional de Atenção Básica, em 2011, e visa a ampliar o acesso da população de rua aos serviços de saúde, ofertando, de maneira mais oportuna, atenção integral à saúde para esse grupo populacional, o qual se encontra em condições de vulnerabilidade e com os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados.
O que o consultório na rua oferece:
- Acolhimento no sentido de estabelecer vínculo e avaliar as condições de saúde
- Avaliação clínica, orientações sobre o autocuidado, consultas, curativos, medicações, encaminhamentos para rede e acompanhamentos.
Tem como princípios:
- Respeito e dignidade da pessoa humana
- Direito a convivência familiar e comunitária
- Valorização e respeito à vida e a cidadania
- Atendimento humanizado e universalizado e respeito as condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial as pessoas com deficiência.
e Diretrizes:
- Promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais.
- Articulação e integração das polícias públicas.
- Respeito as singularidades de cada território e de potencialidades e recursos locais e regionais na elaboração, desenvolvimento, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas.
- Implantação e ampliação das ações educativas destinadas a superação de preconceito e capacitação dos servidores públicos para melhoria da qualidade e respeito no atendimento deste grupo populacional.
- Democratização do acesso universal e integral;
Atendimentos do Consultório na Rua:
- Atender de forma individualizada e em grupo a demanda espontânea, identificada e encaminhada para os profissionais da equipe;
- Estimular o usuário ao autocuidado.
- Fazer busca ativa de agravos prevalentes na rua priorizando o uso abusivo de álcool e outras drogas, a tuberculose, DST, dermatoses
- Articular junto a rede socioassistencial.
Estes atendimentos utilizam a estratégia de Redução de Danos conforme a Politica Nacional de Saúde Mental.