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Guerras, conflitos humanos e tragédias urbanas são tema de mesa no Flipoços 2023

A difícil arte de fotografar as tristezas humanas mundo afora traz realismo ao Festival

Soldado Ucraniano dispara em treinamento próximo às linhas de combate de Bakhmut, no Leste da Ucrânia, 2023 (Foto: Yan Boechat)

Sair do modo comum e chamar a atenção para situações que parecem acontecer longe da gente. Esta é a proposta da potente mesa “Literatura, Fotografia, Dramas Humanos e Catástrofes Naturais – as tristes confluências do Brasil e outros países do mundo”, quando três importantes convidados trarão um rico acervo fotográfico que será apresentado, além de conversar com o público sobre as suas realidades no contexto do trabalho. Yan Boechat traz suas experiências recentes na Guerra da Ucrânia. Juca Martins vai apresentar sua vivência no auge da Serra Pelada. Já Cristina Serra apresenta sua abordagem feita in loco no desastre de Mariana.

Ao contrário do que parece, a mesa não abordará somente a triste realidade do mundo atual, mas também momentos de esperança, reflexão e entendimento. Duras realidades como as de guerras, e não são poucas, parecem muito longe dos brasileiros mas a verdade é que aqui diariamente travam-se inúmeras outras questões que podem configurar “guerras”. O viés entre o que parece ser e o que de fato é, é uma das provocações que o Flipoços 2023 traz com a temática “Literatura e Fotografia, as histórias que as imagens não contam”.

“As histórias que os convidados do Festival nesta 18ª edição vão trazer para as discussões estão muito além da nossa compreensão”, enfatiza Gisele Ferreira, curadora do Festival. “A literatura como mãe de todas as artes é a grande responsável pelo registro de tudo, mas as fotografias podem ser lidas e interpretadas visualmente. A simbiose entre estas duas artes será o centro das reflexões e descobertas”, completa.

A mesa terá como mediadora Cristina Serra, que teve a oportunidade de participar do Flipoços em 2019, quando lançou o livro “Tragédia em Mariana – a história do maior desastre ambiental do Brasil”, além de “Uma história de conservação – a mata atlântica e o mico-leão-dourado”. Desta vez, a jornalista, além de mediadora da mesa, lança também seu mais recente livro “Nós, sobreviventes do ódio”, pela Editora Máquina de Livros.

Os participantes desta instigante mesa são Yan Boechat jornalista e fotógrafo com cerca de 25 anos de experiência atuando nos principais veículos de comunicação do País. Como correspondente internacional atuou em mais de 20 países em diferentes regiões do mundo e cobriu os principais conflitos armados no início deste século, como a Guerra do Afeganistão, Primavera Árabe, a Guerra da Síria e a Guerra contra o Estado Islâmico. No momento, Yan está cobrindo a Guerra da Ucrânia.

Juca Martins, fotógrafo desde 1970, produziu reportagens para jornais, revistas e livros, nacionais e internacionais. Participou de exposições no Brasil, Espanha, Itália, França, Alemanha, Suíça, México, Cuba, Colômbia e Equador e individuais: Testemunha Ocular na Casa da Imagem, 2013 e Serra Pelada na Galeria Utópica, 2019. Tem obras adquiridas para os acervos dos Museu de Arte de São Paulo, MASP, Museu de Arte Kunsthaus, Zurique, Casa da Imagem/ Museu da Cidade de São Paulo e Biblioteca Pública de Nova Iorque.

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