Depois de três semanas de trabalho intenso, o resultado é que as três piscinas do Complexo Santa Cruz estão com um aspecto totalmente diferente: vazias e limpas. Este foi o fruto de uma ação que uniu Secretaria de Saúde, DMAE – Departamento Municipal de Água e Esgoto, Secretaria de Projetos e Obras Públicas e Secretaria de Serviços Públicos. “Desde a desativação do Complexo Santa Cruz, interditado em 2015, por problemas estruturais, as três piscinas que fazem parte da área, eram monitoradas pelo setor de Combate à Dengue. Lá é cadastrado como Ponto Estratégico, por isso, quinzenalmente nossa equipe vai até o Complexo para avaliar a presença de larvas do mosquito e, sempre para fazer o tratamento químico com produto larvicida, para evitar este desenvolvimento, então este é um local que nunca teve risco eminente, porque sempre foi monitorado por este trabalho. No entanto, neste último ano, choveu bastante e o volume de água nas piscinas aumentou demais. Como nosso larvicida tem a quantidade utilizada de acordo com o volume de água acumulado, a gente estava utilizando um volume excessivo de larvicida e então se tornou mais emergente este trabalho”, explicou Jorge Miguel Ferreira do Lago, coordenador da Vigilância Ambiental.
O início do trabalho contou com o apoio da equipe do DMAE que disponibilizou um caminhão de drenagem, realizada durante duas semanas, e de forma mais lenta, tendo em vista que a água retirada foi transferida para um terreno ao lado das piscinas, com vazão controlada de forma a não gerar danos no solo. Ainda assim, ficou restando um pequeno volume de água nas piscinas, o que fez a equipe buscar uma solução definitiva.
“Pedimos o apoio das Secretarias de Obras e de Serviços Públicos. Com um caminhão hidrovácuo, a drenagem foi finalizada. Além disso, o pessoal conseguiu desobstruir os ralos de drenagem das piscinas, o que vai impedir que a água volte a acumular. Por fim, as piscinas foram lavadas, mudando totalmente o aspecto do local. É fundamental ressaltar a dedicação dos servidores da Saúde, do DMAE, da Obras e dos Serviços Públicos neste trabalho. Sem este apoio, não seria possível chegar a este excelente resultado”, complementou Jorge Miguel.
- Acima, antes da drenagem
- Depois da drenagem
As piscinas continuarão sendo monitoradas pelas equipes da Saúde, até mesmo para verificar se a passagem de água continua sem obstrução, evitando aquela situação de acúmulo que ocorria antes. “Com a união de servidores de diferentes setores, conseguimos solucionar uma reclamação de anos da população. Nós sabemos que ali não havia riscos, porque as piscinas eram, durante todo este período, monitoradas pelas nossas equipes, mas o aspecto que ficava com aquela água parada ali, sem dúvidas, gerava um incômodo muito grande para as pessoas e para nós também. Ficamos muito felizes por conseguir este resultado e atender a esta demanda antiga da comunidade”, comemorou Márcia Helena Geremias de Paula, supervisora do Combate à Dengue.
Números
Em Poços de Caldas, foram registrados em 2020, 17 casos de dengue, sendo sete autóctones, o que significa que a doença já circula em nosso município. No mesmo período, não houve confirmação de casos de Febre Chikungunya e nem de Zika Vírus.
O trabalho de visitas domiciliares continua sendo realizado pelos agentes de endemias, observando cuidados para resguardar a saúde, tanto dos servidores, quanto da população, neste momento de pandemia. No Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti, o LIRAa, realizado em janeiro, os agentes de endemias visitaram 3.402 pontos, entre imóveis, terrenos e áreas públicas.
83 focos foram encontrados, o que representa 2,4% de Índice de Infestação Predial, considerado médio risco pela escala do Ministério da Saúde. A realização do segundo levantamento deste ano, que era prevista para março, foi cancelada pela Secretaria Estadual de Saúde, por conta da pandemia. Até o momento, não há previsão para a realização do próximo LIRAa.
Canais contra o Aedes
Denúncias podem ser registradas na Ouvidoria Municipal de Saúde, pelo 0800-283-0324, atendimento com ligação gratuita, de segunda a sexta, das 8h às 17h. O contato também pode ser feito pelo telefone da Vigilância Ambiental: 3697-5977. Importante lembrar que os agentes trabalham identificados com uniforme e/ou colete e também portam crachá. Reclamações de terreno sujo são no 3697-2072. Já o cata treco para o recolhimento de móveis e eletrodomésticos pode ser agendado pelo 3697-2073, para moradores das regiões oeste e central; pelo 3697-2319 para a zona Sul e pelo 3697-2188, para a zona Leste.
As solicitações também podem ser feitas pelo aplicativo e-Ouve, disponível para download nos serviços de distribuição digital de aplicativos (basta digitar eOuve) ou pelo site http://pocosdecaldas.eouve.com.br. “Temos a união de diferentes setores da Prefeitura neste trabalho importantíssimo de prevenção das arboviroses e mais uma prova disso é esta limpeza que foi realizada nas piscinas do Complexo Santa Cruz. Todos os envolvidos estão de parabéns pelo empenho e pelo comprometimento demonstrado mais uma vez”, finalizou o secretário municipal de Saúde, Carlos Mosconi.