A Covid-19 é um fenômeno recente, atual, sendo a maior pandemia que já afetou o mundo de forma simultânea, o que tem motivado centenas de pesquisas que visam demonstrar diversos fatores e dentre eles, os efeitos psíquicos – não só da doença, mas das próprias medidas de contenção. Cada pessoa reage de forma diferente aos diversos momentos e acontecimentos da vida, o que reforça a importância dos cuidados com a saúde mental. Segundo informativo da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, um levantamento realizado na China, na fase inicial da pandemia, mostrou que 13,8% das pessoas passaram a manifestar sintomas depressivos leves, 12,2% apresentaram sintomas moderados e 4,3%, graves.
Nos Estados Unidos, um canal de emergência oferecido pelo governo para pessoas com sofrimento emocional registrou um aumento de 1.000% nas ocorrências em abril, segundo o jornal Washington Post, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Trata-se de um vírus novo, que traz incerteza, insegurança e medo. O aumento global na venda de bebidas alcoólicas durante a quarentena é outra preocupação de saúde pública. No Brasil, dados publicados pela Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), em maio, apontam crescimento de 38%. Realidade verificada diariamente, também nos serviços de saúde. A Rede de Atenção Psicossocial, a saúde mental e o consumo de drogas na pandemia: todos estes foram assuntos abordados no Programa Hora da Saúde, desta quinta, 17, pela Rádio Libertas FM 99,5. A entrevistada foi a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS AD, Stela Marys Baldon. A terapeuta ocupacional falou sobre a importância do autocuidado e de um olhar mais sensível para as pessoas que estão a nossa volta, não subestimando a dor do outro, porque cada um sente de uma forma. Durante a entrevista foi mais uma vez ressaltado que é fundamental não ter medo ou vergonha de procurar ajuda. Os locais de atendimento são espaços para gerar reflexão a respeito das nossas emoções, dos nossos relacionamentos, pensamentos e comportamentos, com o intuito de prevenir e tratar o adoecimento emocional. A qualquer momento, a pessoa que sentir necessidade deve procurar atendimento, na Unidade Básica de Saúde mais próxima ou diretamente nos Centros de Atenção Psicossocial, sem a necessidade de encaminhamento.
Rede de Atenção Psicossocial
Em Poços, a RAPS – Rede de Atenção Psicossocial, é composta por duas unidades do CAPS – Centro de Atenção Psicossocial – Girassol e AD – Álcool e Drogas; o Consultório na Rua; a Unidade de Acolhimento; o NASF – Núcleo Ampliado de Saúde da Família, as UBSs – Unidades Básicas de Saúde; o pronto-atendimento do Hospital Municipal Margarita Morales; a UPA, o Hospital Santa Lúcia; o SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência; além de duas clínicas e duas comunidades terapêuticas credenciadas. O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas – CAPS AD, fica na Rua Paraíba, 200, no Centro. Já o Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II Girassol, funciona na Rua Ouro Preto, 156, Jardim dos Estados. O atendimento é de segunda a sexta, das 8h às 17h.
A Coordenadora Stela Marys, com a jornalista Aline Fallaci
Hora da Saúde
A atração semanal, com uma hora de duração, aborda, a cada quinta, um tema ligado à saúde, com foco para a pandemia neste momento. A apresentação é feita pela jornalista Aline Fallaci, gerente da Seção de Controle de Qualidade de Atendimento, da Secretaria Municipal de Saúde. As participações dos ouvintes são recebidas pelo (35) 3721-9494.
A Rádio Libertas FM é a emissora oficial do município, faz parte da Secretaria Municipal de Comunicação Social. De caráter educativo, tem como destaque da programação, os sucessos e clássicos da MPB e do rock/pop nacional e internacional, além do sertanejo pela manhã. A Libertas pode ser sintonizada no 99,5 FM e na internet (www.libertas.pocosdecaldas.mg.gov.br).
