“Hei de ter um alguém pra chorar por mim, através de um pandeiro ou de um tamborim”. Como em Mangueira, na Cascatinha todos choram quando morre um bamba do samba. Na tarde desta sexta-feira (8), aos 70 anos, Anderson Clayton Miglioranzi, o Galo da Cascatinha, alçou seu voo mais alto e levou seu inseparável saxofone pra tocar em outro plano.
A Prefeitura de Poços de Caldas, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, lamenta a morte de Anderson Miglioranzi e se solidariza à família e aos amigos, ao mesmo tempo em que celebra seu legado para o samba poços-caldense.
Nascido em 24/03/1953, saxofonista, violonista e percussionista, Anderson Miglioranzi, ou simplesmente “Galo da Cascatinha”, iniciou sua carreira como músico na década de 1970, participando de grandes conjuntos da época, como Grupo Arco Íris (1972) e Grupo Samba Poços (1976).
Ainda no ano de 1976, foi um dos Fundadores da Tradicional Escola de Samba “Vivaldinos da Vivaldi”, onde passou pelas funções de carnavalesco, ritmista, diretor de Harmonia e presidente, dentre outros, permanecendo até 2014.
Foi fundador da Banda da Lata (1982) e atuou também na Charanga do Flamenguinho da Cascatinha (1988 a 2012) e no Grupo de Seresta Poços de Caldas (2005-2010), participando de vários festivais. A partir de 2012, passou a integrar o Grupo Samba do Vô, com participações marcantes em diversos eventos como Carnaval e Festival de Inverno de Poços de Caldas.